quinta-feira, 25 de julho de 2013

Chão!


O espetáculo “Chão – um concerto solo”, realizado com o apoio do Palacete das Artes Rodin Bahia, é dedicado ao virtuosismo dos integrantes do ensemble, que tem se apresentado sempre em formações maiores do que o quarteto. O Camará Ensemble é formado por músicos de alto gabarito. E o repertório contemporâneo é rico em obras para instrumento solista. Este concerto é justamente uma primeira iniciativa do grupo na promoção de obras escritas para apenas um instrumento – ou para um instrumento solista acompanhado por conjunto de câmara, como é o caso de uma das peças do programa.

Dentre as obras apresentadas, Integrais para saxofone tenor solo, uma obra de alto teor técnico e de profunda sensibilidade expressiva, composta pelo português-mineiro João Pedro Oliveira, e apresentada pelo saxofonista Davysson Lima, que atualmente faz o seu mestrado em música na UFBA, onde se debruça justamente sobre o tema de técnicas estendidas e o repertório contemporâneo para o seu instrumento. 

 
Outra peça de grande interesse é a Frammento Cantando para flauta solo, obra do americano Jack Fortner, interpretada neste concerto pelo nosso flautista Flávio Hamaoka, que trabalhou com o compositor quando regeu o Camará no concerto em homenagem a Jorge Amado, em janeiro deste ano.

Do professor de composição da UFBA Paulo Costa Lima – que também é membro da Academia de Letras da Bahia e da Academia de Ciências da Bahia –, será apresentada, pela violoncelista Suzana Kato, a peça Corrente de Xangô. Composta em 1992, foi uma das primeiras de uma série de obras, do compositor, inspiradas no universo musical afro-baiano.

Após outras músicas escritas para bandolim, sanfona, viola e clarinete solo, há, para finalizar, a estreia baiana da obra ganhadora do Prêmio FUNARTE/XVIII BIENAL de 2009, O Enigmático Gato de Rimas, do compositor e diretor artístico do Camará, Paulo Rios Filho. A obra, única do concerto escrita para um instrumento solista acompanhado de um conjunto de câmara, será interpretada pelo intrépido violinista Samuel Dias, que além de violinista do conjunto, é nada mais nada menos que o spalla da OSBA – Orquestra Sinfônica da Bahia.


Serviço


Chão – um concerto solo

Terças-feiras, dias 6, 13 e 20 de Agosto de 2013

Palacete das Artes (Museu Rodin Bahia)

20h – entrada franca

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

JÁ – Um concerto em homenagem a Jorge Amado

Já” é o mais novo projeto do Camará, uma homenagem feita por nove compositores baianos ao gênio literário de Jorge Amado, justamente no ano após a enxurrada de comemorações de seu centenário de nascimento, em 2012. “Esta é a ideia: para celebrar Jorge, qualquer tempo é tempo”, explica o diretor artístico do grupo, Paulo Rios Filho. “A hora da homenagem é já!”, completa.

Sete obras inéditas já estão sendo ensaiadas pelo Camará Ensemble. Quatro delas são canções, que utilizam trechos e alusões textuais feitas às obras do escritor, cantados por uma soprano solistas; e outras três são peças instrumentais, baseadas sempre em algumas frases ou histórias inteiras contadas por Jorge.

O concerto de estreia será regido, especialmente, pelo premiado compositor e maestro norte-americano Jack Fortner, admirador da Bahia e da obra de Jorge e especialista em performance de música de concerto contemporânea.

Uma das obras é uma composição coletiva feita por três jovens compositores, estudantes do curso básico da Escola de Música da UFBA – Emilio Le Roux, George Christian e Pedro Garcia –, orientados pelo compositor Vinícius Amaro e pelo diretor artístico do grupo, Paulo Rios Filho. De “catuaba” a “políticos imundos e gordos”, as três miniaturas que compõem a obra coletiva passeiam por diferentes climas sugeridos em frases de obras como Quincas Berro D'Água e Capitães da Areia.

Capitães da Areia foi a obra que inspirou também o compositor Pedro Kröger, para compor a sua lírica Noite no Trapiche. Wellington Gomes decidiu não se ater a uma obra, mas fazer um apanhado de figuras criadas pelo romancista, em Personagens de Jorge. Em tom rapsódico, a cantora anuncia a personagem da vez, acompanhada por uma música de gestos fortes, que descrevem as personalidades evocadas e paisagens marcadamente baianas.

 
Rodrigo Garcia, compositor gaúcho radicado em Salvador, faz dançar três Jubiabás: a obra de Jorge e as canções de Gerônimo e Gilberto Gil. Marcos Sampaio, que é professor de composição na UFBA, estreia a sua obra Octaedro, que constrói uma série de significados especiais do número oito para a vida do escritor baiano. Alex Pochat, figura conhecida na cena rock de Salvador, é o compositor do exórdio da noite, abrindo as portas para a celebração com a reza de “O Vice-Versa”.

Fechando a noite, a obra “A Bahia tá viva!”, de Paulo Costa Lima, é uma salada feita com o texto de uma carta de Dorival Caymmi escrita ao seu amigo Jorge, mais referências à paródias de protesto do cancioneiro baiano, bem como a citações de canções de carnaval da época da juventude de Amado.

O concerto é composto pela participação de diversas formações instrumentais, desde o trio até uma formação de orquestra de câmara, com o total de dez instrumentistas, além dos cantores, solistas das canções. Com um pé fora do formato típico de concerto, o espetáculo envolve também a interação com vídeo, bem como a intervenção de material sonoro pré-gravado. 

Já é uma realização do Camará Ensemble, com produção da Agência Agosto e conta com o especial apoio da Escola de Música da UFBA, do Restaurante Grão de Arroz/Viva o Grão, Armazém do Reino e Hotel Boutique A Casa das Portas Velhas.  

sábado, 5 de janeiro de 2013

O Camará Mirim e O Mundo das Baratas

– "Vamos fazer a trilha sonora de um filme! Só que sem ter um. O que vocês acham dessa história de fim do mundo?" (eram vésperas de 21/12/12)

Após um vai e vem de palpites, alguém lembra de algo lido por aí:

– "As baratas! Elas serão as únicas que vão sobreviver!"

Sem humanos assustados martelando-as sandálias em exoesqueletos frágeis, estariam no topo da cadeia, prontas para a evolução, que culminaria, por fim, em seu desenvolvimento cognitivo, domínio de ferramentas, desenvoltura social. 

Dentro de alguns milhares, ou quem sabe centenas de anos, a terra seria um planeta diferente, O Mundo das Baratas.

Qual o cenário desta trama obscura (para nós, não para as baratas)? O que esperar de uma música que é a trilha sonora desta previsão macabra? 

"Yuri, este solo está muito jazzístico para entrar numa trilha de terror."
Após esboçarmos em conjunto a narrativa que daria corpo à primeira composição da turma de Criatividade e Composição Musical do Camará Mirim, fui para casa e deixei com eles a missão de imaginar a trilha sonora deste "filme". Eu também preparei a minha, é claro. Tinha que ter algo na manga, caso não levassem ideia alguma. 

Ainda bem! Não levaram nada. É claro, tinham mais com o que se preocupar na escola (período de provas), fazer outras oficinas durante a semana e brincar. Eu tinha que mostrar que essa história maluca de trilha sonora poderia funcionar.

Levei equipamento básico de gravação e um gráfico com o rascunho da música – com nada de notação musical tradicional.  Na mochila, ainda, uns frascos de metal que temos em casa, daqueles de guardar biscoito.

Luely se prontificou a operar o computador para a gravação. Logo aprendeu todas as manhas do software e comandava toda a dinâmica de estúdio: – "Êpa, peraí, agora não! Silêncio. 1, 2, 3 e... vai!"

Fomos gravando pedacinho a pedacinho, de acordo com o que eu tinha imaginado. 

Até a terceira tomada, tudo estava seguindo o meu gráfico. A partir da quarta, os meninos começavam a interferir e eu ia acatando as sugestões: – "Professor, já repetiu demais isso. Vamo agora fazer aquilo"; – "Agente bateu o sino seis vezes, depois quatro, agora vamos dar só duas batidas".

Quando a gravação estava para começar...
No final das contas, tínhamos uma nova peça gravada, resultado das interferências das ideias de Luely, Felipe, Ângelo, Yuri, Clara, Lucas e todos os outros em cima da minha proposta, que acabou toda deformada e, cá para nós, bem melhor. 

Em casa, editei o material e adicionei alguns filtros, efeitos, transposições para criar novos sons, sempre a partir dos que foram gravados com os meninos, e trazer outros timbres e cheiros para a história que estava já ali, toda contada.

Na aula seguinte, apresentei o resultado e animação foi geral. Afinal, eles ouviam que o que tinham feito na aula passada tinha se transformado numa "trilha de filme de terror," como muitos exclamaram ao ouvir a prévia.

A segunda parte do trabalho: compor trechos da peça que seriam gravados pelos alunos de flauta doce, do Prof. Flávio Hamaoka.

Usando os mesmos potes de metal de biscoitos, sorteamos conjuntos de quatro, cinco e sete notas para seis seções diferentes da música, onde as flautas entrariam. À medida que íamos sorteando o que viria a ser a nossa harmonia, eles iam relembrando os nomes e os lugares de cada nota musical, ao piano. Por fim, tocávamos os acordes – nada de dó maior, ré menor, imagine! – e eles tinham que fazer uma relação entre aquele som e algum sentimento ou paisagem que fizesse sentido dentro da nossa composição, do nosso "filme". 

Depois disso, sorteamos a textura de cada uma dessas seções. As flautas poderiam tocar aquelas notas sorteadas de quatro jeitos diferentes: a) notas longas tocadas juntas; b) notas longas com ataques defasados; c) notas curtas tocadas juntas; d) notas curtas com ataques defasados.

Luely tomava nota de tudo e, pimba!: estávamos com a parte das flautas já preparada.

Na aula seguinte, juntamo-nos à turma do Prof. Flávio, que orientava cada um dos alunos sobre que notas cada um deveria tocar e de que jeito (notas longas, curtas, etc.). Gravamos tudo sem nos preocuparmos com uma ordem ou com a sincronização com o que já estava pronto e gravado, da composição. Depois, na edição, daríamos um jeito nisto. 

Para finalizar, tivemos ainda um solo feito por Flávio, que entraria ao final da música, num momento em que a percussão ficava mais ao fundo, antecedendo a entrada da fala: "Era uma vez o mundo dos homens. Chegou a hora do mundo das baratas!"

Por fim, "O Mundo das Baratas" – a trilha sonora de um filme inexistente, primeira criação da turma de Criatividade e Composição Musical do Camará Mirim:

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

"Música Baiana?" disponível para compra no iTunes



Já está disponível para compra, no iTunes, o disco "Música Baiana?", do Camará Ensemble. Lançado em julho de 2012, o álbum foi quase inteiramente gravado ao vivo durante o concerto do grupo na abertura da primeira edição do MAB – Música de Agora na Bahia, projeto inteiramente dedicado à música de concerto contemporânea, realizado de maio a dezembro de 2012, pela OCA – Oficina de Composição Agora.

Clique aqui para baixar o disco!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Fóruns de Música Clássica da Bahia


Os Fóruns de Música Clássica da Bahia são um espaço de discussão e reflexão para os profissionais de toda a cadeia de produção da música erudita no estado da Bahia. 

Voltados a compositores, músicos, estudantes de música, gestores, produtores, jornalistas e críticos musicais, promovem a articulação destes profissionais, através da sugestão de temas mensais sempre relacionados às diversas fases de produção desta música em toda a sua diversidade (da música antiga à contemporânea), debatendo desde assuntos como linguagem artística e estética, até mercado, organização e representação profissional, financiamento e viabilização de projetos, sustentabilidade, gestão e produção técnica de espetáculos musicais. 

O tema sugerido para o primeiro encontro é: Música Clássica / Erudita / de Concerto: qual o seu rótulo? (ou: precisamos de um?)    

Afinal, que fazemos nós? Música erudita? Música clássica? Música de concerto? Música?       

Cada um tem o rótulo que merece, diria o desavisado. E cada rótulo nos dá motivos para não querer adotá-lo. “O primeiro por parecer meio exclusivista; o segundo por ser inexato; o terceiro por não dar conta de outros rituais de apresentação musical (que são comuns a partir do século XX, mas também antes de meados do século XVIII); e o último, bem, justamente por uma necessidade de classificação (que atende a diversas demandas), o que justifica não contentar-se com rótulo tão abrangente”, comenta Paulo Rios Filho, compositor e um dos organizadores dos fóruns.     

Os pontos deste primeiro tópico de discussão se relacionam com questões diversas: como esses profissionais têm experimentado se comunicar com o seu público? E com o público a conquistar? Com a mídia? Com eles próprios? Como podem melhorar a comunicação com cada um destes?    

No fim das contas, o debate aponta para a meta final dos Fóruns de Música Clássica: a criação de uma identidade (ou a articulação entre identidades). Seja através do confrontamento e consequente afinação, mas não padronização, dos discursos dos vários grupos e indivíduos dedicados à "música de concerto" em Salvador, do compartilhamento de experiências e ideias, ou da construção de um sentimento de pertencimento de classe.

Os Fóruns de Música Clássica da Bahia são promovidos pelo Camará Ensemble e pelo Theatro XVIII, com produção da Agência Agosto.

SERVIÇO  
Fóruns de Música Clássica da Bahia - 
1ª edição: Música Clássica / Erudita / de Concerto: qual o seu rótulo? (ou: precisamos de um?)  Quinta-feira, 20/12/2012, 17:30  
Casa 12 (Anexo do Theatro XVIII), Pelourinho
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producaoteatro18@gmail.com | 71 3321-9783 [Theatro XVIII]
pauloriosfilho@gmail.com  | 71 8837-2262 [Paulo Rios Filho]

sábado, 8 de dezembro de 2012

Camará Mirim – programa de educação musical para crianças e jovens do Pelourinho

Projeto educacional do Camará Ensemble, em sua parceria com o Theatro XVIII, o Camará Mirim é o braço forte do Camará Ensemble na estratégica área do Centro Histórico de Salvador. O projeto é um campo de experimentação de prática musical centrada no potencial criador de crianças e jovens do Pelourinho e seu entorno. 

Turma de Criatividade e Composição Musical, com Paulo Rios Filho

Com as suas atividades iniciadas ainda em novembro de 2012, o Camará Mirim conta a participação de mais de trinta crianças, distribuídas em oficinas de flauta doce, flauta transversal, percussão, violão e criação musical. 

Turma de Percussão, com Humberto Monteiro

Os professores das oficinas são os próprios músicos e parceiros do Camará Ensemble. As metas para 2013 envolvem a formação do Conjunto Camará Mirim, a apresentação regular do conjunto para a comunidade do Pelourinho, seus amigos e parentes e a participação, ao final do ano, em um concerto público do Camará Ensemble, congregando conjunto profissional e juvenil na estreia de uma obra musical escrita para ambos os grupos por um compositor baiano de renome. 

Turma de Flauta Transversal, com Flávio Hamaoka
 O Camará Mirim é um projeto de educação musical baseado em criatividade, realizado pelo Camará Ensemble, com o apoio do Theatro XVIII e produção da Agência Agosto. Se você quer conhecer melhor o projeto, escreva para: camaraufba@gmail.com

Turma de Violão, com Gilson Santana

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O rei como nunca se ouviu antes

Baião Diluído
Cinco obras inéditas de compositores de três estados serão apresentadas no novo espetáculo do Camará, "Baião Diluído". “Todas elas são baseadas em canções de Luiz Gonzaga, ou inspiradas no universo cantado pelo Rei do Baião”, afirma o compositor e diretor artístico do grupo, Paulo Rios Filho. 

O concerto, que é uma homenagem do Camará ao centenário de nascimento do compositor, inclui peças para uma formação composta de flauta, bandolim, bouzouki (instrumento irlandês cujo som se aproxima bastante da viola nordestina), sanfona, percussão e violoncelo, além de eletrônica e vídeo. Os compositores envolvidos têm todos uma participação ativa na cena musical de Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul: Paulo Rios Filho (que acaba de ter obra sua comissionada pela Americas Society, de Nova Iorque), Sergio Roberto de Oliveira (que teve uma de suas obras recentemente indicada ao Grammy Latino), Vinícius Amaro (jovem talento local, estudante do curso de composição na UFBA), Tuzé de Abreu (que dispensa apresentações) e Samuel Peruzzolo (percussionista e compositor gaúcho, atualmente professor de música em Portugal). 

 
Além das estreias, o espetáculo conta ainda com salpicadas pontuais da própria obra original de Luiz Gonzaga, em trechos introdutórios tocados por um trio nordestino. “Só não dá para garantir que você vá conseguir dançar um baião”, alerta o diretor artístico do grupo. 

Oficina do Público Criativo
O projeto ainda inclui a realização de oficina de apreciação musical voltada para o próprio espetáculo, através de uma abordagem criativa do ato de ouvir. A “Oficina do público criativo: para ouvir/compor o espetáculo “Baião Diluído”, do Camará” será realizada em duas etapas, sob a coordenação do próprio Paulo Rios Filho. A primeira delas no dia 12/9 (quarta-feira), das 18 às 20:30h, na Escola de Música da UFBA; e a segunda uma hora antes do início do concerto, às 19h, no café da Livraria Cultura do Shopping Salvador. 

Segundo Rios Filho, “Na primeira etapa (quarta-feira), acontecerá a oficina propriamente dita, incluindo uma parte mais expositiva e um laboratório de criação coletiva para não-músicos. A segunda etapa (quinta, antes do concerto) é um encontro informal com os compositores participantes do projeto, para um bate-papo sobre as obras que serão apresentadas, sobre como cada um pensou em fazer essa homenagem a Luiz Gonzaga e sobre o próprio ofício do compositor, seja lá o que der para falar em uma hora.” 


A oficina (que é voltada a não-músicos e/ou público geral interessado em música de concerto contemporânea) tem número limitado de participantes (máximo de 10). Os interessados devem inscrever-se enviando um e-mail para o camaraufba@gmail.com, incluindo nome e telefone para contato, com o assunto “inscrição oficina do público criativo”, até a próxima terça-feira, dia 11/09/12. 

Formação do Camará neste projeto: Paulo Rios Filho, diretor artístico, regente e vídeo; Vitor Rios, bandolim/bouzouki; Edson Lima, sanfona; Humberto Monteiro, percussão; Fernanda Monteiro, violoncelo. Participação de Tuzé de Abreu, flauta e flautim.